
Por Lucas Valério
O São Paulo já sinalizou. Está preparado para a "guerra" que haverá no estádio Couto Pereira para decidir a vaga na final da Copa do Brasil. Mas analisando o plantel, a campanha na temporada e os números recentes em mata-mata, é díficil traçar como será o final da história em Curitiba. Primeiro vamos ao elenco. O São Paulo, assim como acontece há anos, tem um grupo com jogadiores quyalificados, mas é penso. Algumas posições há vários jogadores de qualidade, mas em outras faltam alternativas.
O lado bom do atual Tricolor é o meio-campo, com peças como Wellington, Casemiro, Denilson, Fabrício, Cícero, Jadson, Maicon e Cañete. Mas 40% destes jogadores sofrem com graves lesões e os outros são inconstantes. Já no ataque, o único atleta decisivo é o destemperado Luís Fabiano. Mas deixemos de hipocrisia. Prefiro um Fabuloso explosivo, que um tímido William José. Ademilson e Rafinha são verdes, Fernandinho e Osvaldo sem sabor. Nada acrescentam quando o time precisa mudar um jogo e isso é doloso ao clube. Na defesa Rhodolfo é um monstro, o melhor de todos. Mas de resto, ninguém passa confiança ou regularidade. Vide os casos Paulo Miranda, sempre falhando e Cortez, que intercala grandes jogos com atuações apagadas.
Sem força para mudar um jogo, o elenco tem se desdobrado na raça. Esta virtude não faltou ao time em nenhum jogo, mas até quando bastará? O técnico, Emerson Leão, é um dos culpados pela falta de tática, uma das vitímas da falta de um elenco homogeneo e o grandes responsável por injetar vontade em um elenco que até 2011 não era "sangue nos olhos". Com um Leão muito mais manso que anos atrás e mais inteligente para domar o plantel, o grupo ficou mais unido. O Caso "Paulo Miranda" e a recente declaração de que era melhor perder o jogo do que Fabricio machucado, mexeram com o elenco e motivaram os atletas a jogar pelo "fritado" treinador.
Com este perfil traçado, vamos à temporada. O São Paulo caiu na semifinal do Paulistão após terminar em segundo lugar. O retrospecto não foi ruim, mas o poderio decisivo sim! A campanha regular na fase de pontos corridos não é suficiente para se ganhar um mata-mata e desde a Libertadores 2005 o São Paulo não é campeão em um torneio neste sistema. Para piorar, tirando as quedas no Paulistão, nas últimas cinco eliminações, quatro aconteceram após o São Paulo vencer o primeiro jogo no Morumbi por 1 a 0 e não sustentar a vantagem fora de casa. Faltou inteligência e calma em todos os duelos e em alguns um pouco de raça. Em 2007, contra o Grêmio, o São Paulo foi dominado pela torcida tricolor. É bom lembrar, que força igual tem a fanática coxa-branca. Em 2008 foi a vez do descontrole e da desatenção, já que o gol de Dodô logo após o empate alcançado por Adriano "Imperador", tornou a tarefa do Flu mais fácil. Joílson também foi expulso e no final Washington cravou o castigo.
No ano passado mais duas vezes a maldição do 1 a 0 foi fatal. Primeiro na Copa do Brasil, quando venceu o Avaí pelas quartas de final do torneio e depois caiu com um 3 a 1 na casa do rival. Assim como na Libertadores de 2008, o São Paulo ficou em vantagem, mas sofreu dois gols relâmpagos e após sofrer o terceiro logo no minuto inicial do segundo tempo, não teve forças para reagir. Ficou inerte, sem um elenco para mudar o jogo e sem raça para buscar o isolado e sufieciente gol da classificação. Esta mesma raça também faltou no duelo da volta da Copa Sul-Americana contra o Libertad-PAR. Após vencer pelo placar mínimo em casa, o time paulista sofreu dois gols em pura letargia defensiva e sem vontade, tática e até mesmo técnica, foi eliminado.
Para passar pelo bom time de Marcelo Oliveira, o São Paulo não terá tempo hábil para encaixar um padrão tática que há meses inexiste. Tampouco, novos reforços chegarão. Então, o único remédio para acabar com maldição do 1 a 0 é triplicar a raça versão 2012, não ser inerte e nem cair na força da torcida rival. Somente assim o São Paulo chegará a uma final, coisa que não acontece desde a Libertadores 2006. Aí, mais um tabu...
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