
Por Lucas Valério
O Mogi Mirim começa a ver de forma mais concreta as conseqüências da paralisação que completa hoje 21 dias. E alguns prejuízos já são previstos pelo presidente em exercício do clube, Wilson Bonetti. O dirigente afirmou que é muito provável que o impasse jurídico envolvendo CBF, STJ e cinco clubes que desejam jogar a Série-C prejudique o Mogi.
“Quando conquistamos a classificação à Série-D e iniciamos o planejamento, fizemos um orçamento até o dia 30 de setembro. Com esta parada, há o risco do campeonato extrapolar esta data e aí é evidente que haverá um prejuízo financeiro aos cofres do clube”, frisou o presidente. Além de ver algumas contas subirem, o Mogi também ficará refém de alguns contratos com atletas que encerram no dia 30 de setembro. Entre eles há jogadores que ficarão sem vínculo, mas outros que estão emprestados por outras equipes.
“Haverá uma dificuldade, por que isso sairá do nosso controle. Poderá haver algum clube que não libere o jogador porque estará pensando na próxima temporada, por exemplo, e isso deve causar problema”, enfatizou o presidente. Em contrapartida, caso a CBF acelere a realização dos jogos para evitar que a Série-D entre em outubro, a diretoria já prevê um prejuízo técnico. “O time foi montado pensando em um campeonato com jogos apenas aos finais de semana, com tempo para recuperação física dos atletas. Mas com a paralisação, é muito provável que haja jogos quarta e domingo e isso vai nos prejudicar”, afirmou Bonetti.
Além disso, outros fatores foram levantados. Como o Mogi faria os jogos contra as equipes da região Sul no início da primeira fase, estes jogos já estariam cumpridos e o Sapo não jogaria em Gravataí e Marcilio Dias em um período de frio intenso. Agora, com a nova tabela, é quase certo que os duelos no Sul acontecerão na época mais fria do ano. Para o diretor de futebol, Marcelo Pettinati, outro eventual prejuízo ao Mogi é com relação à preparação e montagem do elenco com relação aos adversários. “Iniciamos relativamente cedo a definição do plantel e a maioria dos nossos adversários estava atrasado neste sentido. Creio que nossa vantagem inicial agora se tornou algo nivelado”, apontou Pettinati.
O Mogi Mirim faria sua estreia na Série-D no dia 27 de maio, contra o Veranópolis, em casa. Com a paralisação, o único ponto que não desagradou foi a possibilidade de poder entrosar a equipe. “Neste sentido foi importante, mas não dá para colocar isso como positivo, queríamos estar jogando e espero que aconteça o mais rápido possível”, disparou Bonetti. O presidente ainda contou que chegou a ser convidado por outros clubes para representar uma ação contra a CBF, mas preferiu aguardar. “Não achamos que seria o momento adequado, mas se a abertura continuar com esta demora poderemos tomar algumas atitudes”, finalizou.
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