Sai Rivaldo, entra Hélio Vasone
Lucas Valério
Para o jornal O Impacto
A “era Rivaldo” está perto do fim no Mogi Mirim Esporte Clube. Após vestir a camisa como jogador do clube entre 1992 e 1993 e assumir a posição de presidente a partir de 2008, Rivaldo não será mais o gestor do clube. Em uma negociação praticamente sacramentada, ele repassará a administração para Hélio Vasone Júnior. O paulistano é proprietário dentre outras empresas da Energy Sports, parceira do Mogi desde janeiro de 2011.
Com a negociação adiantada e as informações vazadas do clube antes do esperado, o anúncio oficial que poderia ocorrer apenas após o término do Paulistão deve acontecer na terça-feira, 15. Em um evento aberto à imprensa e convidados no Zaniboni Bristol Hotel, o clube apresentará elenco, novo uniforme e aproveitará para tornar explicar o processo de transição do comando do clube. Rivaldo não deve participar do evento. Ele segue de férias em Pernambuco com a família.
Quem deve responder pelo jogador é o Wilson Bonetti, presidente em exercício desde o afastamento de Rivaldo em 2011. Mesmo com a oficialização ensaiada para o dia 15, Vasone Júnior já adiantou algumas atitudes como mandatário do clube. A primeira foi se apresentar ao prefeito Gustavo Stupp (PDT). O empresário foi até o Gabinete junto com o Marcelo Pettinati, diretor de futebol e seu braço direito no Mogi desde 2011. Na ocasião, Vasone se apresentou ao prefeito como “novo presidente do clube” e iniciou uma aproximação com a administração. O vice-prefeito Gerson Rossi Júnior e o ex-diretor de futebol do Sapo, Henrique Stort, também estiveram no encontro.
No clube as mudanças são já são sentidas por funcionários. Entre os motivos para o fim da cogestão estava a falta de sincronia de pensamentos entre os comandantes. Por outros interesses profissionais e empresariais, Vasone e Rivaldo ficam pouco em Mogi Mirim. Por isso, o jogador dispensou ao seu representante Wilson Bonetti a função de presidente e tinha também em Luís Simplício, ex-colega de Carrossel Caipira, a confiança como gerente de futebol. Já o homem forte do novo presidente do clube é o diretor de futebol Marcelo Pettinati.
Um dos recentes casos de discordância está relacionado à comercialização de ingressos. Vasone Júnior e Rivaldo tinham discurso diferente quanto ao valor das entradas e por isso a divulgação foi retardada para o dia 15, oito dias antes do primeiro jogo como mandante no Paulistão. O casamento iniciado há dois anos, com a chegada da Energy ao Mogi Mirim, não foi longe. Rivaldo, ainda no auge da carreira do jogador, afirmava que um dia tinha o sonho de assumir o Mogi. Cumpriu o desejo, mas agora está muito próximo de deixar o projeto de comandar o clube que o lançou para o mercado da bola.
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