Por Lucas Valério
O São Paulo não começou com a inspiração da equipe de 20 anos atrás. Longe disso. Apenas a garra de Pintado e Ronaldão estava presente nas divididas de Fabrício e Rhodolfo. No ataque Lucas tentava suas jogadas individuais, Jadson buscava mais o jogo que nos últimos jogos e Luís Fabiano caçava espaços entre os zagueiros. Já o Atlético-MG foi ao Morumbi com a proposta de usar as jogadasde Ronaldinho Gaúcho, que comandou o meio-campo do Galo.
A primeira boa chance foi são paulina. Aos nove minutos Luís Fabiano recebeu na área, girou para cima de Réver e a mandou no canto, mas para fora. Aos 15 Ronaldinho surpreendeu Dênis em chute de fora, mas o goleiro caiu bem no canto esquerdo e pegou. Quatro minutos depois Fabrício lançou Lucas pela esquerda. O meia avançou, mas o cruzamento foi interceptado por Rafael Marques. A jogada foi boa e também a última de Fabricio em campo. Aos 21 minutos o volante pisou em um buraco no gramado, machucou o joelho e após um longo período de atendimento e tentando não ser substituído, precisou sair. Foi a terceira vez que o jogador atuou pelo São Paulo e a terceira vez que precisou deixar o gramado mais cedo por lesão. Maicon entrou em campo.
O São Paulo pareceu sentir a dor de seu camisa 8. Os jogadores demoraram para voltar ao ataque, mas quando desceu, foi com perigo, mas bizarro. Aos 28 minutos Lucas e Luís Fabiano se atrapalharam dentro da área e o que seria uma grande chance de marcar, tornou-se um desperdício. O lance simbolizou a quantidade de trapalhadas e principalmente erro de passes das duas equipes. Ninguém se destacava individualmente e os dois times pouco produziram.
Em mais um dos raros lances de chegada ofensiva, o São Paulo fez Giovani trabalhar aos 39. Maicon ganhou da marcação e dentro da área recuou para Jadson chutar e o goleiro cair para defender. O lance deu uma leve empolgada no time e ainda mais Jadson, que aos 41 minutos deu bela enfiada para Luís Fabiano na área. O camisa 9 girou o corpo e com um leve toque tirou do arqueiro alvinegro para abrir o placar. 1 a 0 São Paulo! Dois minutos depois o Atlético chegou com perigo em chute de Danilinho, mas Dênis fez a defesa. O Atlético seguiu encima, reclamou de uma falta que poderia causar a expulsão de Douglas e assustou em cobrança de falta lateral de Ronaldinho. Deste lance, aliás, surgiu um bom contra-ataque são paulino, talvez a jogada mais lúcida das últimas semanas, mas nada de produtivo e o primeiro tempo terminou mesmo em 1 a 0 São Paulo.
SEGUNDO TEMPO - As duas equipes voltaram dos vestiários sem alterações, mas o jogo mudou, Precisando vencer para assumir o topo da tabela o Galo se jogou ao ataque. Com boas tramas entre Bernard, Jô e Ronladinho, assustou algumas vezes o goleiro Denis nos primeiros 15 minutos. Na melhor jogada, extamente aos 15, o camisa 49 bateu falta para a área, a bla passou por Jô e Rafael Marques e foi para fora. Já o São Paulo, sem padrão tático, assustou pela primeira vez aos 13 minutos, quando Jadson recebeu de Lucas na área e livre, demorou para bater no gol. Quem também lerdeou na frente do gol foi Bernard, que aos 22 minutos recebeu de Juninho (que entrara na vaga de Danilinho) e livre chutou para ótima defesa de Denis. Só dava Atlético!
O São Paulo assistia o Galo jogar e Emerson Leão resolveu mudar sua defesa. A "Avenida Douglas" deu lgar à Rodrigo Caio, que entrou com a missão se obstruir as decidas de Junior César e as jogadas de Bernard pelo lado direito defensivo do São Paulo. O alvinegro não diminuiu o ritmo, mas o São Paulo caçou espaços e pela direita, com Lucas, quase ampliou. O camisa 7 fez boa trama e lançou para Jadson, mas um leve toque de Richalyson na área acabou com a jogada.
Os dois times mudaram. André e Osvaldo entraram em campo, mas não mostraram eficiência. Já Luís Fabiano voltou a mostrar descontrole. Primeiro, revoltado por não ter uma falta marcada aos 39 minutos, revidou em Leandro Donizete e recebeu amarelo. Mesmo com a falta podendo valer o vermelho, ficou reclamando com o árbitro Elmo Rezende e aos 41 foi expulso. O lance revoltou Leão e deixou o São Paulo ainda mais instável. O Atlético aumentou a pressão, mas aos 44, em contra-ataque, Cícero mandou a bola de longe e quase ampliou para o Tricolor e o jogo terminou com a sofrida vitória são paulina no Morumbi.
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