
Faleceu nesta madrugada o ex-jogador e comentarista Sócrates. 57 anos, brasileiro até no nome. Doutor, democrata, corinthiano, craque! Não tive o prazer de vê-lo jogar AO VIVO, mas as imagens enlatadas das televisões tupiniquins permitiram saber que o eterno camisa 8 da seleção brasileira e do Corinthians foi um dos maiores jogadores de todos os tempos.
Por Lucas Valério
Hoje, 04 de dezembro de 2011, após complicações de uma infecção generalizada e já com a saúde debilitada após uma verdadeira luta com a cirrose, Sócrates passou para o time de cima. Formará um lindo meio campo com Didi, Zizinho e Garrincha. Mestre Telê Santana o receberá de braços abertos, pois sabe que agora o time celeste terá um cérebro. Um cérebro que não era utilizado apenas para dar seu mágicos toques de calcanhar ou arremates certeiros, com uma classe e tranquilidade ímpar. A cabeça de Sócrates também o fez médico, formado em Ribeirão Preto sua cidade natal. Doutor, se eu não me engano, você já era corinthiano desde o início, mas precisou passar pelo Botafogo paulista para ganhar a visibilidade e chegar ao clube que o projetou mundialmente. Passagens por Santos, Flamengo e Fiorentina também estiveram no currículo de Sócrates. Florença hoje amanheceu homenageando o jogador que passou pelo clube em meados da década de 80. Dino Zoff, Paolo Rossi, contemporâneos do meio campista e responsáveis por evitar o principal título da carreira: a Copa do Mundo de 1982.
Mas tudo bem, seu mundo foi na capital paulista, cidade em que Sócrates poderia ter defendido o São Paulo, mas o folclórico presidente alvinegro, Vicente Matheus, foi ágil e contratou um ídolo. E não foi daqueles passageiros ou que simplesmente vestiam a camisa. Não foi apenas pelos três títulos estaduais e das inúmeras jogadas geniais, ou dos 172 gols que fez vestindo a camisa corinthiana. O Doutor foi maior, foi líder de uma geração que transformou o futebol (o Corinthians) em um meio para transmitir a revolta com a ditadura, eram defensores da democracia. Uma democracia corinthiana, que identificou tanta gente com o clube altaneiro e fez sua torcida se multiplicar. Hoje, esses alvinegros que brotaram de forma direta ou indireta do movimento comandado por Sócrates em Parque São Jorge podem ser campeões brasileiros. Sim, Deus foi certeiro em fazer o adeus de um dos maiores atletas da história do clube acontecer no dia em que o Corinthans poderá ser campeão Brasileiro Sampaio De Souza Vieira De Oliveira. Adeus, Sócrates. Descanse em paz!
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