Cristiano Ronaldo x Arjen Robben - O baile dos dribladores em Kharkiv

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Neste domingo, Portugal e Holanda entram em campo para definir seus destinos na Euro 2012. Os dois times ainda esperam por uma performance brilhante de seus jogadores principais, os dribladores Cristiano Ronaldo e Arjen Robben, que podem ser decisivos para definir a passagem de seus times às quartas de final.

UMA ESTRELA IRRECONHECÍVEL

Muito se fala das dificuldades de Messi e Neymar para jogar em suas seleções no mesmo nível que apresentam nos clubes. Não há ninguém, porém, que caia tanto de rendimento atuando por seu país como Cristiano Ronaldo. Quem viu os dois primeiros jogos de Portugal na Euro deve ter lembrado das performances pouco inspiradas da estrela na Copa do Mundo. Cristiano dificilmente passou por seus marcadores e ainda perdeu algumas oportunidades que quase nunca desperdiça quando veste a camisa merengue.

Portugal é uma equipe com bons valores e tem talentos suficientes para formar um time competitivo, mesmo com Cristiano muito abaixo de seu nível. Não há como negar, porém, que a situação muda de figura se Paulo Bento contar com o camisa 7 em seu mais alto nível. No difícil jogo contra a Holanda, essa capacidade de drible de Cristiano pode acabar sendo decisiva para a definição do resultado. Em partidas de espaços escassos e nervosas demais para tramar jogadas coletivas, nada melhor que alguém capaz de, em uma iniciativa individual, desestruturar a marcação adversária. Se Ronaldo conseguir mostrar todo o seu futebol diante da Holanda, poderá dar ao seu país este luxo.

NÃO DÁ PARA SER TÃO DISCRETO

Se Cristiano Ronaldo tem um histórico de atuações decepcionantes por Portugal, Robben não é bem assim. A Copa do Mundo foi um exemplo de competição em que o jogador do Bayern foi decisivo para a Holanda, apesar do gol que perdeu na decisão contra a Espanha. Nesta Euro, porém, Robben está bem abaixo de outros torneios em que defendeu a camisa laranja. Ele teve até alguns bons momentos, como no início do jogo contra a Alemanha, mas no geral, foi discreto demais, preferindo abandonar a tentativa do drible depois de perder alguns lances para seus marcadores.

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O problema é que a Holanda precisa do instinto definidor de Robben para ter sucesso. Se Sneijder é o jogador que faz o meio-campo rodar a bola, Robben é quem transforma o toque de bola cadenciado em jogada efetiva de gol, partindo para cima de seus adversários. Até aqui, nesta Euro, Robben não conseguiu passar por seus marcadores com frequência. Como resultado direto do insucesso de seus dribles, passou a tocar a bola de lado e abandonar seu ímpeto para o lance individual. Sem essa arma, a Holanda, como se viu nos dois primeiros jogos, é um time previsível demais.

FONTE: GOAL.COM
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