E tenho dito... corinthiano, se sonha com a Libertadores, 2012 é o ano!

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Por Lucas Valério

Desde os bons jogos contra Cruz Azul no México e Nacional no Paraguai, tenho discutido com amigos em roda de bar, trabalalho ou até mesmo no bate-papo do Facebook, que este é o ano para o Corinthians ser campeão da Copa Libertadores. Se não vencer agora, só será campeão quando o neto do Tite virar treinador. Confesso que não emitia a frase com 100% de confiança, mas após as vitórias sobre Vasco da Gama e Santos, minha fé na autoprofecia aumentou.

O Corinthians é um timaço? Não! Mas não é mediocre como marketeiramente afirmou o vice-presidente Luis Paulo Rosemberg (alguém acredita que ele falou isso na inocência, foi para incendiar!). A postura defensiva de Tite é criticada, mas é a principal arma de um time que precisa ganhar um torneio assim. Poucos campeões tinham como base o ataque. As excessões surgiram apenas no Brasil. Pelé, Zico, Raí e Neymar já levantaram taças na base da habilidade. Mas o Grêmio de Hugo de León e depois de Dinho, o São Paulo de Lugano e o Internacional de Fabinho e depois Guiñazu iniciavam sua base no sólido sistema defensivo, para depois pensar em ganhar o jogo.

Esse é o Corinthians 2012. Um time que primeiro pensa em acabar com os espaços do adversário, para depois jogar. Um time com dois zagueiros sérios, com laterais simples, mas operários. Com uma dupla de volantes coesa, em que um carrega o piano e o outro, no melhor da modernidade desta posição, sai para o jogo no espaço em que os meias não conseguem trabalhar. Aliás, os meias marcam mais do que armam, assim como os atacantes Emerson e Jorge Henrique, laterais que de vez em quando se aventuram como avantes no sólido esquema de Tite. Além deste poder tático, ambos são matreiros, malandros e provocadores. Deixam qualquer adversário maluco. Fosse eu um lateral que marcasse Jorge Henrique ou Emerson, passaria o jogo inteiro xingando mãe, vó, irmã ou até a macaca do Sheik, para ambos sentirem como é bom catimbar. Mas este é o lance, na Liberta, tem que ser um pouco argentino, tem que saber enrolar o adversário e esse time montado por Tite é PHD em malandragem!

Aliás, o gaúcho é o grande responsável por esta doação tática do time alvinegro. Sem ele, esta espinha dorsal seria um time paralítico, ainda mais em Libertadores. Nem mesmo os fortes elencos de Vampeta, Marcelinho e Edilson e depois Mascherano, Nilmar e Tevez, fizeram cócegas na taça mais cobiçada por onze em cada dez corinthianos. E o time de guerreiros, como o alvinegro gosta, imita o básico nos antigos campeões. Joga simples e feito um Once Caldas, caminha a passos largos para finalmente perder a virgindade na América.
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